A obra-prima de George Orwell, 1984, é um romance distópico que mostra um futuro onde a vida de todos é observada pelo Governo - o Big Brother. Para tanto o mesmo também está criando uma nova língua, onde todos as palavras que possam ser utilizadas contra o Governo desaparecerão, fazendo assim com que fique impossível qualquer manifestação de oposição ao mesmo.
Outro termpo bastante interessante criado nesse livro, é o DUPLIPENSAR, segundo as palavras do autor:
"Saber e não saber, ter consciência de completa veracidade ao exprimir mentiras cuidadosamente arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões opostas, sabendo-as contraditórias e ainda assim acreditando em ambas; usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade, crer na impossibilidade da Democracia e que o Partido era o guardião da Democracia; esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a sutileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra "duplipensar" era necessário usar o duplipensar."
E também, numa descrição mais resumida:
"Duplipensar é a capacidade de guardar simultaneamente na cabeça duas crenças contraditórias, e aceitá-las ambas."
Enfim, seria mais ou menos como se a pessoa torcesse Flamengo e Vasco na mesma intensidade.
A invenção do termo duplipensar é uma crítica ao tratamento da mídia e governos à realidade.